segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Brasil moderniza defesa da Guiana e do Suriname

A estrutura da Defesa da Guiana e do Suriname, os dois menores países da fronteira norte do Brasil, será modernizada com o suporte da indústria e das organizações militares do País. Na terça-feira (11), o ministro da Defesa, Celso Amorim, esteve em Georgetown, a capital da Guiana, com o presidente, Donald Ramotar, e o secretário de Defesa, Roger Luncheon. Na pauta, a necessidade de aumentar a vigilância da fronteira. Mais tarde, com a ministra de Relações Exteriores, Carolyn Rodrigues-Birkett, foi discutida a preocupação de ambos os governos com o crescente número de garimpeiros clandestinos, "perto de 35 mil na região", conforme o porta-voz, Edmond Blond.
Há mais do que isso. As Forças de Defesa da Guiana têm 1.100 militares - 900 homens e mulheres no Exército, 100 na Aeronáutica e 100 na Marinha; Guarda Costeira e Patrulha Fluvial, basicamente. A população total é estimada em 800 mil pessoas.
A tropa já usa equipamento do Brasil. São 6 velhos Cascavel armados com canhão de 90 mm, e 11 blindados Urutu, de transporte anfíbio. Para melhorar a segurança da divisa com o Brasil, será necessário criar ao menos um esquadrão aéreo de ataque leve, dotado dos turboélices Super Tucano, da Embraer.
Além disso, o intercâmbio de oficiais nos centros militares de formação e especialização brasileiros está em negociação. A Guiana tem uma certa preocupação com a Venezuela, que mantém em aberto uma pendência territorial na tríplice fronteira com o Brasil. A FAB construiu uma pista a 6,5 quilômetros dos territórios dos dois vizinhos.
Amorim chega nesta quarta-feira pela manhã a Paramaribo, capital do Suriname. Há sete meses, o ministro da Defesa surinamês, Lamouré Latour, esteve com o colega brasileiro na fábrica da Embraer, em São José dos Campos (SP). Na agenda, a aquisição de dois a quatro Super Tucanos. navios-patrulha leves, de 500 toneladas, e a revitalização da frota de blindados fornecidos pelo Brasil em 1983.
"De quebra, gostaria de ter acesso aos dados captad0s pelo Sistema de Proteção da Amazônia", disse o presidente Dési Bouterse. Aí, acreditam especialistas, há um problema. O DEA, principal agência americana de repressão ao narcotráfico, qualifica o país de 487 mil habitantes e 1.840 soldados como importante conexão das rotas internacionais de circulação de cocaína. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

UPPs ajudam a reduzir desconfiança entre polícia e moradores, diz estudo

A implementação de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) e a ação de movimentos sociais estão oferecendo caminhos para um Rio de Janeiro mais "comunicativo", dando novas perspectivas para moradores de favelas cariocas, diz um estudo da universidade britânica London School of Economics (LSE) divulgado nesta quinta-feira.
Coordenado pela pesquisadora brasileira Sandra Jovchelovitch, do Instituto de Psicologia Social da LSE, aponta que, tanto do lado de policiais quanto do de moradores de quatro favelas cariocas (Cidade de Deus, Cantagalo, Madureira e Vigário Geral), a adoção das UPPs está, aos poucos, mudando a conflituosa relação entre a polícia e moradores.
Cerca de 55% dos 200 moradores de favelas entrevistados na pesquisa citaram "mudanças positivas" em suas comunidades desde a chegada das UPPs.
Do ponto de vista dos policiais também há indícios de mudança de mentalidade.
Em depoimento ao estudo, um comandante de UPP afirma que "a polícia do Rio tinha um histórico: (pensava que) favelados eram todos iguais, que ninguém era bom, todos semeavam o mal. Isso agora está mudando, porque há uma nova visão. A visão que adquiri aqui (na UPP) é de que, em uma comunidade de 10 mil pessoas, talvez eu encontre 80 que não são boas. Os demais são trabalhadores, pessoas que eu admiro porque se eu tivesse em sua posição talvez não conseguisse conquistar o que elas conquistaram".
Para Jovchelovitch, ainda permanece vigente a desconfiança mútua entre policiais e moradores, mas "as UPPs estão mudando a polícia por introduzir um novo modelo de entendimento das favelas e por mudar a cultura interna da (polícia)." 

 http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,upps-ajudam-a-reduzir-desconfianca-entre-policia-e-moradores-diz-estudo,930109,0.htm

Drogas, trágica liderança

Pelo menos 2,8 milhões de pessoas no Brasil usaram cocaína de forma inalada ou fumada - via consumo de crack ou de oxi - nos últimos 12 meses. Esses números transformam o País no segundo principal mercado consumidor de cocaína do mundo, atrás só dos Estados Unidos, onde 4,1 milhões usaram cocaína no último ano.
Caso sejam considerados somente os que consumiram crack, o total chega a 1 milhão de pessoas no País, o que torna o Brasil o principal mercado consumidor do planeta. Mas, como os demais países pesquisados não separam o consumo de cocaína inalada e fumada, é difícil apontar o tamanho do mercado consumidor de crack nas outras nações.
Os dados constam do 2.º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas - o uso de cocaína e crack no Brasil, divulgado recentemente pela Universidade Federal de São Paulo e pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e Drogas. Foram ouvidas 4.607 pessoas com mais de 14 anos em 149 cidades.
Em relação ao mercado de cocaína, o Brasil fica à frente até mesmo de continentes inteiros, como a Ásia, onde 2,3 milhões de pessoas usaram cocaína no mesmo período. No Reino Unido, que ocupa a terceira posição no número de consumidores, há 1,1 milhão de usuários.
"Há 30 anos o mercado de cocaína era quase inexistente. O Brasil foi um dos países com mais rápido crescimento do consumo de cocaína", diz o médico Ronaldo Laranjeira, organizador do estudo. "Esse trabalho mostra a necessidade de que haja um pensamento estratégico capaz de desmontar essa rede".
O mapa da dependência química, dramático e assustador, foi perfilado em excelente reportagem de Bruno Paes Manso, repórter do jornal O Estado de S. Paulo. A trágica liderança do Brasil no mercado mundial de entorpecentes traz gravíssimos problemas de segurança pública, saúde e assistência social decorrentes do consumo de drogas.
O hediondo mercado das drogas está, de fato, dizimando a juventude. Ele avança e vai ceifando vidas nos barracos da periferia abandonada e no auê dos bares e boates frequentados pela juventude abonada. Movimenta muito dinheiro. Seu poder corruptor anula, na prática, estratégias meramente repressivas. A prevenção e a recuperação, as únicas armas eficazes no médio e no longo prazos, reclamam um apoio mais efetivo do governo e da iniciativa privada às instituições sérias e aos grupos de autoajuda que lutam pela reabilitação de dependentes.
Não se faz jornalismo, nem mesmo matéria de opinião, fechado entre as quatro paredes de uma redação ou circunscrito ao rarefeito ambiente de um laboratório acadêmico. É preciso ver, ouvir, apurar, sentir, refletir e só então escrever. Nada supera o realismo da velha e boa reportagem. Com esse espírito, movido pelo dever de obter informação verdadeira, mergulhei na pauta assustadora: a dependência química.
Cabeça baixa, olhos cravados no chão, coração encharcado de dor. "Será que Deus ainda olha para mim?" Paira no ar uma tristeza densa, que se pode cortar. A falência da autoestima e o sentimento de culpa, à semelhança de uma laje de chumbo, esmagam a alma. A cena, dura e forte, retrata o day after de um adicto de cocaína. O drama, tragicamente rotineiro no frio anonimato da cidade sem alma, não é um recurso ficcional. É real. Tem nome e sobrenome, obviamente preservados por motivos éticos elementares. Recuperou-se na Comunidade Terapêutica Horto de Deus, em Taquaritinga, no interior de São Paulo (www.hortodedeus.org.br). Seus olhos recobraram a luz da esperança. Retomou os estudos, concluiu a faculdade de Publicidade e Propaganda e está batalhando. Com a cabeça erguida e a dignidade resgatada. Sua história, parecida com a de milhares de jovens, deve ser registrada. E a mão que o salvou, o Horto de Deus, merece uma matéria.
Com gravíssimas dificuldades financeiras e sem nenhum apoio dos governos, embora não faltem falsas promessas de ajuda de políticos oportunistas, a entidade tem sido responsável pela recuperação de inúmeros dependentes químicos. Os governos não se dão conta de que o trabalho dessas instituições repercute diretamente na qualidade da segurança pública e no custo da saúde. Elas rompem o círculo vicioso das drogas e criam o círculo virtuoso da recuperação e da ressocialização.
Conversei com internos do Horto de Deus. Ao contrário, por exemplo, dos que defendem a descriminalização das drogas e proclamam o caráter supostamente inofensivo da maconha, todos afirmaram que o primeiro baseado foi o passaporte para as drogas mais pesadas. T. K. M., de 22 anos, fumou seu primeiro cigarro de maconha com 12 anos. Com 16 anos já tinha mergulhado na cocaína. Chegou à comunidade terapêutica dominado pela dependência do crack. Recupera-se bem, resgatou valores e recuperou a esperança. "Agora eu sonho com o futuro. Antes vivia só para as drogas." Seus olhos têm brilho. Um belo exemplo do que pode fazer um bom trabalho de recuperação.
As comunidades terapêuticas, bem como as demais instituições idôneas que trabalham na recuperação de adictos, poderiam, por exemplo, receber recursos provenientes do Fundo Nacional Antidrogas e do Sistema Único de Saúde (SUS). Seria uma providência inteligente. É sempre melhor apoiar o que já funciona, e bem, do que cair na tentação de criar novas estruturas.
O governo da presidente Dilma Rousseff precisa olhar o trabalho das comunidades terapêuticas com seriedade. Elas são, de fato, as grandes parceiras no cerco ao submundo das drogas. Impõe-se um decidido apoio às entidades idôneas que batalham pela recuperação dos dependentes. Afinal, um adicto recuperado é o melhor aliado na luta contra as drogas.

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,drogas-tragica--lideranca-,931573,0.htm

Página Inicial Política 15 de Setembro de 2012 - 10:14 Revista Veja diz que Marcos Valério deve envolver Lula no mensalão

A revista Veja publica neste sábado matéria alegando que Marcos Valério deverá trazer à luz histórias que envolvem o ex-presidente Lula no esquema de corrupção armado durante seu governo. Para pessoas próximas, o publicitário estaria repetindo que Lula não apenas sabia, como "era o chefe" do mensalão. Valério já foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e peculato.
Marcos Valério teria confidenciado detalhes do pacto que havia firmado com o PT. Para proteger os figurões, ele teria assumido a responsabilidade por crimes que não teria praticado sozinho, mantendo em segredo histórias comprometedoras que testemunhou. Ele conta, segundo a revista, que o caixa real do mensalão era o triplo do descoberto pela polícia e denunciado pelo MP. Valério diz que pelas arcas do esquema teriam passado pelo menos R$ 350 milhões. E o fiador das operações, garante Valério, seria o próprio presidente da República. Procurada pelo Terra, a assessoria do Instituto Lula, que cuida da vida política do ex-presidente, disse que ainda não tem posição sobre a matéria.

Para uma melhor análise da notícia entre em: http://www.fatimanews.com.br/noticias/revista-veja-diz-que-marcos-valerio-deve-envolver-lula-no-mensalao_138415/

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

SP: quadrilha é presa por furtos na Festa do Peão de Barretos


Cinco pessoas foram presas, neste sábado, acusadas de furtar objetos e dinheiro na Festa do Peão em Barretos (SP). Com os suspeitos foram encontradas joias, máquinas fotográficas e carteiras, que foram reconhecidas por vítimas de furtos ocorridos no local do evento.
Segundo a Polícia Militar, o grupo foi preso por volta das 2h quando se preparava para deixar o parque do peão, com destino a Ribeirão Preto, onde residem. A prisão foi efetuada por integrantes do 33º Batalhão da PM. A ocorrência foi encaminhada ao plantão policial da cidade.

Após 7 prisões, PF aponta que agente morto foi vítima de latrocínio


Após quase um mês de investigações, a Polícia Federal acredita que o agente Wilton Tapajós, morto em julho, em Brasília, tenha sido vítima de latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Sete pessoas foram presas por envolvimento no crime - cinco no Distrito Federal e duas na Bahia. Além deles, um menor foi apreendido por participação no assassinato.
O carro do agente foi levado pelos criminosos e encontrado nesta quarta-feira próximo a Barreiras, no oeste da Bahia. Segundo a PF, o veículo foi clonado pela quadrilha que, de acordo com as investigações, era especializada na venda de carros roubados. A arma usada para matar Tapajós também foi apreendida pela polícia e será periciada nos próximos dias.
No dia 17 de julho, Wilton Tapajós estava no cemitério Campo da Esperança, visitando o túmulo dos pais, quando foi atingido por dois tiros na cabeça. O agente, que estava com 56 anos, trabalhava no núcleo de inteligência da PF e atuou na operação Monte Carlo, que resultou na prisão do bicheiro Carlinhos Cachoeira.